Ser escritor não é fácil. Ou mesmo prazeroso.
Sofremos mais à procura da frase perfeita para concluir um parágrafo ou colocar
na boca de um personagem do que seria humanamente aceitável. Terminamos um
trabalho que consideramos genial em um dia e que consideramos abismal no
seguinte. A curiosidade e a insegurança andam de mãos dadas no nosso código
genético. Nunca sabemos se o público vai gostar ou odiar o que escrevemos.
Mesmo assim, insistimos em dar a cara a tapa. Definitivamente, não é uma
atividade para os fracos.
Além disso, não nos fazemos sozinhos. Dependemos imensamente dos
leitores para que nossas histórias ganhem alguma ressonância, por menor que
seja. E da crítica também. Prefiro mil vezes ter minhas criações despedaças
pelos tiros de canhões dos opositores do que suportar o silêncio sepulcral de
um público desinteressado. Falem mal, mas falem de mim. Qualquer coisa que me
leve a me arriscar novamente nessa seara ingrata e cruel que é a
literatura.
A própria produção de um livro (ou e-book, nos dias de hoje) não é um
trabalho solitário, como pode parecer à primeira vista. Claro, existe toda a
parte de escrever a história e desenvolver personagens, cenários e temas numa
trama capaz de envolver o leitor. E isso não é pouca coisa, concordo. O
escritor merece créditos por tirar da própria imaginação um conto ou livro
capaz de encantar ou aterrorizar o público interessado. Mas, uma vez que a
história esteja pronta, como fazer para publicá-la?
Esse é o pesadelo de todo escritor iniciante. E não olhem para mim em
busca de respostas. Também sou um aprendiz nesse negócio. Tenho uns poucos
contos publicados em uma ou outra coletânea e olhe lá! Mas, como disse lá no
começo do texto, escritor é uma criatura que adora dar a cara a tapa.
Estamos sempre oferecendo a outra face para ver se alguma coisa pega. E aqui
estou, comandando uma equipe para publicar um e-book.
Sim, caros leitores, um livro ou e-book não se faz sozinho. Para Deserto
dos desejos, reuni uma equipe de cinco pessoas: um artista para a capa, uma revisora, um diagramador e duas leitoras beta. Ainda estou no meio
desse processo e pode ser que outras pessoas acabem participando da produção.
De todo modo, tem sido uma experiência revigorante. A colaboração de todos os
envolvidos com certeza vai resultar em um produto final muito mais bacana do
que eu seria capaz de fazer sozinho.
Como diriam os Beatles, I get
by with a little help from my friends... ;)
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