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terça-feira, 24 de março de 2015

Deserto dos desejos - A sinopse




"Existe um homem no deserto que concede desejos àqueles que o procuram." A frase sussurrada por um mercador de diamantes africano despertou a curiosidade de Anton. Filho do bilionário Karl Christian, o jovem sempre teve tudo que o dinheiro pode comprar. Viagens, festas, carros, mulheres. Basta estalar os dedos para que suas  minímas vontades sejam feitas. Ainda assim, quando recebe o mesmo aviso de fontes diferentes numa visita ao Egito, Anton sente-se tentado a procurar o gênio misterioso. Mas qual seria o desejo do homem que tem tudo? E o que seria necessário para realizá-lo? Descubra em Deserto dos desejos, de Pablo Amaral Rebello. 

Em breve!

segunda-feira, 16 de março de 2015

Com uma pequena ajuda dos amigos


Ser escritor não é fácil. Ou mesmo prazeroso. Sofremos mais à procura da frase perfeita para concluir um parágrafo ou colocar na boca de um personagem do que seria humanamente aceitável. Terminamos um trabalho que consideramos genial em um dia e que consideramos abismal no seguinte. A curiosidade e a insegurança andam de mãos dadas no nosso código genético. Nunca sabemos se o público vai gostar ou odiar o que escrevemos. Mesmo assim, insistimos em dar a cara a tapa. Definitivamente, não é uma atividade para os fracos.

Além disso, não nos fazemos sozinhos. Dependemos imensamente dos leitores para que nossas histórias ganhem alguma ressonância, por menor que seja. E da crítica também. Prefiro mil vezes ter minhas criações despedaças pelos tiros de canhões dos opositores do que suportar o silêncio sepulcral de um público desinteressado. Falem mal, mas falem de mim. Qualquer coisa que me leve a me arriscar novamente nessa seara ingrata e cruel que é a literatura. 


A própria produção de um livro (ou e-book, nos dias de hoje) não é um trabalho solitário, como pode parecer à primeira vista. Claro, existe toda a parte de escrever a história e desenvolver personagens, cenários e temas numa trama capaz de envolver o leitor. E isso não é pouca coisa, concordo. O escritor merece créditos por tirar da própria imaginação um conto ou livro capaz de encantar ou aterrorizar o público interessado. Mas, uma vez que a história esteja pronta, como fazer para publicá-la?

Esse é o pesadelo de todo escritor iniciante. E não olhem para mim em busca de respostas. Também sou um aprendiz nesse negócio. Tenho uns poucos contos publicados em uma ou outra coletânea e olhe lá! Mas, como disse lá no começo do texto, escritor é uma criatura que adora dar a cara a tapa. Estamos sempre oferecendo a outra face para ver se alguma coisa pega. E aqui estou, comandando uma equipe para publicar um e-book.


Sim, caros leitores, um livro ou e-book não se faz sozinho. Para Deserto dos desejos, reuni uma equipe de cinco pessoas: um artista para a capa, uma revisora, um diagramador e duas leitoras beta. Ainda estou no meio desse processo e pode ser que outras pessoas acabem participando da produção. De todo modo, tem sido uma experiência revigorante. A colaboração de todos os envolvidos com certeza vai resultar em um produto final muito mais bacana do que eu seria capaz de fazer sozinho. 


Como diriam os BeatlesI get by with a little help from my friends... ;)

sexta-feira, 6 de março de 2015

Ideias no deserto



De onde surgem as ideias?

De certa forma, elas nos acompanham desde a concepção até o dia em que morremos. Passamos a existir no momento em que as pessoas tomam conhecimento da nossa presença. O mesmo ocorre com as ideias. Elas surgem de um momento para o outro e tudo muda repentinamente. Uma alavanca gira e os pensamentos correm desenfreados, sem parar. Porque esse é um detalhe interessante sobre as ideias. Elas nunca chegam desacompanhadas.



Em maio de 2013, realizei um sonho muito antigo. Uma ideia que herdei de meu pai na minha adolescência. Fazer um mochilão para conhecer Machu Picchu, no Peru. Após anos tentando convencer alguém a me acompanhar, acabei embarcando nessa sozinho. E foi uma das melhores e mais intensas experiências pela qual já passei. Entreguei meu destino para a estrada e a estrada me mostrou os caminhos, me apresentou as pessoas e abriu meus olhos para um mundo com o qual eu só sonhava até então.

Minha viagem também não se restringiu à cidade sagrada dos Incas. Ela foi só o ponto de partida. Entre os lugares que me propus a conhecer estava o Colca del Canyon, próximo a Arequipa, onde o voo dos condores atraem milhares de pessoas por ano. Após Machu Picchu, essa era a minha próxima parada. Levaria três dias e exigiria três viagens longas de ônibus para chegar lá. Talvez isso desestimulasse outras pessoas, mas, no meu caso, não vi nenhum problema. Eu estava apaixonado pela liberdade que só os mochileiros conhecem.



No meio do caminho, o ônibus fez uma de suas muitas paradas em uma paisagem desolada, pontuada por montanhas distantes e um deserto a perder de vista. Era o ponto mais alto da jornada, a 4.910 metros acima do nível do mar. Ali, encontravam-se uma série de pequenas pirâmides de pedras, montadas por viajantes anteriores. O guia nos explicou que as pedras representavam os desejos de outros peregrinos, sonhos e esperanças empilhados em corredores improvisados pela planície. 

Ao caminhar por aquela catedral a céu aberto, envolvido pelo silêncio do deserto, impressionado com a beleza natural de sua vastidão, deixei meus pensamentos correrem soltos. Outros turistas fizeram suas mini pirâmides. Deixaram seus desejos ali. Os meus eu joguei ao ar. Não preciso de representações físicas para segurá-los. E me perguntei: será dessa maneira que um lugar se torna sagrado?

Foi um momento especial, que durou pouco. Logo, estávamos de volta à estrada. Tínhamos condores para observar nos cânions que nos aguardavam mais adiante. No entanto, sem que eu percebesse, a sementinha de uma história seguiu comigo. Um ano depois de tudo isso, me deparei com um chamado de seleção para uma coletânea de contos que tinham os desejos como mote principal. Sempre gostei de desafios literários e decidi escrever alguma coisa.



Desse modo, surgiu a ideia para Deserto dos desejos. Troquei o Peru pelo Egito e rabisquei uma história do gênio que realizava desejos mediante um sacrifício e do homem que tinha tudo que vai atrás dele. Mas não fiquei muito contente com o resultado. Os limites de caracteres impostos para participar da coletânea só me permitiram avançar até determinado ponto da trama, no qual eu poderia fechar o conto, mas com uma série de pontas soltas. Acabei não enviando o texto para a seleção.

Mas a ideia seguiu comigo. Até o dia que decidi retomá-la e ver aonde ela queria me levar. O resultado poderá ser conferido em um e-book, que estou revisando atualmente e pretendo lançar muito em breve. De onde surgem as ideias? Ainda não sei. Mas essa história apresenta uma teoria interessante sobre o assunto. Novidades sobre o e-book em breve. ;) 



PS: Sim, a foto de capa do blog foi feita nessa passagem da viagem ao Peru mencionada no texto. ;)